terça-feira, 11 de março de 2014
reflexões de uma madrugada sorrateira...
Livros, músicas, filmes, poemas, poesias... todas estas obras têm começo, meio e fim, mas são absolutamente abertas... cada pessoa que experiencia qualquer uma delas tem o direito de interpretar como queira, porque cada pessoa sabe o canal criado subjetivamente pra que algo se torne inteligível (consciente ou inconscientemente), por isso tenho muito cuidado no debate sobre obras, por isso me dá angustia o que eu quero dizer, mas se eu quero dizer, peço desculpas por isso, mas tenho que dizer: você não entendeu nada do filme, da poesia na violência carnal propiciada pelo desejo, pelo angustiante desejo de querer, de sonhar, de chegar perto daquilo que se quer possuir e ao mesmo tempo perceber que até a posse momentânea realizada pela desejo instintivo não vale nada se o lastro da confiança, do respeito e do carinho foram perdidos... talvez aí esteja o momento racional fundamental para se perceber que até as loucuras e ilusões nomeadas de amor têm um fim, esse fim não é concreto, não é claro, mas ainda assim se sente... não tem a ver com brios feridos, não tem a ver com a razão acima do sentimento, talvez tenha a ver com amor próprio, tenha a ver com entender que tudo na vida pode durar exatamente aquilo que feito pra durar... Segue em frente, isso é crescer e crescer dói, mas é melhor ser um gigante com coleção de dores do que um pequeno alegremente bobo... (madrugada de 12 de março de 2014, dos devaneios provados a partir da cabeceira da minha cama - from Spain - um pouco distante de tudo que era tão perto)
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