Às vezes eu penso que preciso a qualquer momento, a qualquer segundo deixar de ser o que eu sou p'ra que eu consiga um dia tentar ser um pedaço daquele alguém que eu sonhei ser. E isso é muito estranho, quem ler esse pensamento vai logo imaginar que eu não estou satisfeito com a vida que levo, mas, muito pelo contrário, estou feliz sim, acho que a minha vida é o resultado daquilo que eu sempre procurei ser. Pego-me pensando nas encruzilhadas que percorri até atingir o ponto em que estou, mas, assim como todos, me pergunto: Se eu tivesse tomado o outro lado do labirinto como seria o meu caminho? Qual seria a consequência? Não sei, acho que ninguém poderia saber, mas, pensar na possibilidade é sempre um bom exercício em um momento de ócio. E, sempre nos estimula a fazer releituras. A grande questão é: Se o aqui e o alhures não me agrada, não me preenche, como fazer p'ra ser feliz?...Estou num momento muito peculiar da minha vida, tenho bons amigos, poucos é verdade! Sonhos, sentimentos, vontades, identificação todas essas coisas parecem que não são o bastante p'ra conseguirmos ter alguém conosco...presença é fundamental, não apenas de corpo, mas presença de alma. Eu tinha achado que tinha encontrado essa presença, mas, a distância do corpo fez com que ela não resistisse por muito tempo, bom, agora tem a possibilidade da presença do corpo, será que construiremos a presença de alma? Ando muito confuso, sem saber o que pensar. Resolvi que, talvez, para mudar àquela condição de inquietude de minha existência, eu tenho apenas que viver a vida sem pensar nela, pois, ela acontece sem planejamentos, sem disciplina...vou me entregar, e me jogar na correnteza dela, vejamos onde emerjo.
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