quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Para não dizer que só falei de amores...
É extremamente desagradável quando descobrimos que alguém é isso ou é aquilo, rotular, classificar, resumir... Todas essas definições são apenas uma redução da grande estrutura complexa que é o ser humano. Bom, e por medo de que eu mesmo pudesse ser fruto de uma redução da minha própria forma de me mostrar, resolvi escrever um texto que te início eu só sabia o título: “Para não dizer que só falei de amores”, afinal é tão chato quando alguém fica bitolado a um mundo idílico e sofredor do que seja o amor. Porém, o texto tão pouco poderia ser o não-amor, afinal, se usarmos a dialética, o contrario é uma etapa de existência do seu par antagônico, e aí eu cairia no mesmo conto original e voltaria a falar de amor... Mas, então, eu pensei e comecei a me perguntar: Como um texto que se chama – Para não dizer que só falei de amores - pode ter outro conteúdo que não seja o amor? Ainda que esse amor esteja disfarçado de amor próprio, e por isso mesmo retórico e categórico em afirmar o amor que se sente não é amor, e que o amor que se escreve enquanto texto não é o mesmo amor que se escreve enquanto história, não adianta o amor é o amor e aí a gente começa a ser vazio e pequeno quando o tenta negar, porque no final das contas nenhum argumento é capaz de descategorizar esse sentimento que por si só já é composto de contradições... Para não dize que só falei de amores acaba sendo o texto do blog com mais conteúdo expresso sobre o amor, e o danado é que essa coisa de amar é tão gostosa que a gente quando não está amando só quer pensar em amar, e quando está amando faz de tudo pra manter o sentimento igual à primeira vez que ele foi despertado... eu ainda estou buscando ele...
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