quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Bom, para continuar os relatos digo que as semanas têm passado muito parecidas. As coisas, as pessoas, os lugares já não são mais tão estranhos. O que antes era pintado pela novidade, o que tinha o selo do desconhecido, agora já tem o gosto do revisitado, do desbravado. Isso é bom e ao mesmo tempo estranho. É bom porque não é tão distante a idéia de casa, mas, como sou estrangeiro rola o não reconhecimento, o não pertencimento. Acho que muita coisa está ligada à semelhança entre os dois países, a pessoa se reconhece enquanto cultura geral (pele, forma, gesto, processos), mas, não se reconhece como um local. É estranho há uma aproximação pela semelhança, de longe, mas, de perto há um recuo com as diferenças microscópicas. Dá sendo um gosto novo, é bom porque revela novidades de mim para mim mesmo, estou adorando esses movimentos, esses cheiros e esses gostos. Claro que nada é ou será substituto da casa, mas, construir um projeto, que ainda não é 100% meu, mas, que tem a minha marca me deixa muito satisfeito. Angustias, desejos, vontade de fazer o impossível sempre acompanhará a todos, mas, como fazer, como construir é uma coisa que só o próprio ato de construção revela. C´est la vie, e, o que é melhor, a que eu escolhi. Diferente da Alemanha? Sim, estamos falando de países com pesos diferentes, mas, a experiência no fundo é a mesma. Viver, conviver, entender, respeitar e se respeitar.

Um comentário:

  1. "E como descreve bem os sentimentos e a ele mesmo. O que vê...
    att: Claudinha ( de volta )

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