Esses dias eu estava assistindo a já consagrada série: “Sex and the city”, e fiquei surpreso com a atualidade das questões e com a possibilidade de interpretar o texto desenvolvido para o universo feminino, como sendo algo aplicável a todos os sexos. Na verdade o “sexo e a cidade” é um conjunto de temas que não tem aplicação para apenas um grupo de pessoas, ele é comum, é recorrente, funciona quase como uma identidade dos atuais citadinos, afinal fazer sexo, falar de sexo, viver o sexo é quase sinônimo da metrópole. Para ficar mais atual e mais verossímil só faltava o discurso do sexo e da cidade abarcar também o interesse e o dinheiro, pois, com isso fecharíamos a coleção de temas indispensáveis em qualquer conversa com o grupo de amigos. A união disso tudo me faz refletir: O amor ainda existe nos relacionamentos citadinos da contemporaneidade? Na vida nós encontramos, relacionamo-nos com vários tipos de pessoas, algumas inclusive que não fazem nosso tipo, mas, curiosamente fazem-nos pensar em um conjunto de coisas que mudam o nosso mundo e descobrimos uma nova forma de ver. Eis então que surge a segunda pergunta: Se os nossos amigos também participarem do conjunto de pessoas que fazem com que tenhamos a certeza de que o amor, na atualidade, não consegue resistir ao valor instantâneo do prazer e do dinheiro? A impressão que dá é que as pessoas precisam imitar a cidade, precisam copiar o símbolo frenético do sucesso, do melhor aproveitamento, o ser que deveria ser amado, precisa antes de tudo ser admirado, e essa admiração parece está cada vez mais centrada na capacidade de compra, articulação e aproveitamento dos momentos, pessoas e situações. Na cidade atual é quase um “el dorado” encontrar alguém que te pergunte primeiro o que você está lendo e não qual o seu cargo na empresa ou qual o valor do imposto de renda que você paga. Encontrar alguém que não se preocupe se você dirige uma BMW ou um FIAT é quase tão raro como receber um elogio daquele que cobiça o seu cargo e o seu espaço no trabalho. O mundo está cada vez mais resumido na velha máxima: “você é aquilo que você tem ou pode oferecer”. A grande surpresa não é essa, mas, perceber que talvez façamos parte de ciclos que coloquem em prática a todo instante esse tipo de comportamento. Já chega de falar em salários! Basta pensar no carro novo do fulano, a vida é única, é nossa, é plural, é curta, é renovação. Vamos deixar que os outros vivam as suas vidas em paz, e vamos nos concentrar na nossa... Não precisamos vestir à moda, não precisamos ser reféns de um mundo simulado que só faz repetir desigualdades, ninguém é feliz montado em sapatos, jóias ou carros caros, a felicidade é mais simples, por isso amigos, se libertem desse mundo pequeno, transcendam, evoluam, mudem, olhem para dentro de vocês mesmo, pois, a resposta de muitas coisas está ali, em nós mesmos... Temos que sorrir mais, trabalhar menos, VIVER é muito mais do que pagar contas, comprar roupas novas ou fazer novas aplicações financeiras.
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